Muita polêmica se tem gerado em torno desta questão, não havendo consenso entre os estudiosos da língua. Segundo os mais tradicionalistas, não é correta a formação do plural de substantivos que exprimem noções abstratas, como ciúme, saudade, tristeza, raiva, preguiça, …, visto não serem noções enumeráveis. Contudo, a tendência atual é o uso do plural, não em todos os substantivos abstratos, mas especialmente nas palavras ciúmes, saudades e lembranças. Segundo uma perspectiva mais atual e flexível da língua, estes substantivos podem ser usados no singular ou no plural, desde que não haja alteração do sentido principal que transmitem. No caso de ciúme ou ciúmes, é possuir um sentimento de inveja, de desconfiança, de angústia, de paranoia, de medo de perder alguém ou alguma coisa da qual se gosta muito e se tem um sentimento de posse.
Exemplos:
A utilização do plural da palavra ciúme poderá ser justificada pela enumeração dos vários ciúmes que podemos sentir: de pessoas, de animais, de objetos, de momentos da vida,…, bem como pela necessidade de intensificar ou atenuar o sentimento, uma vez que dizer ciúmes soa mais descontraído e habitual do que dizer ciúme, tendo esta palavra um sentido mais forte e mais pessoal.
O importante é que haja concordância entre a palavra no singular ou no plural e os restantes termos da oração.
Exemplos:
Existem alguns substantivos abstratos cuja forma no plural não é aceitável, sendo usados apenas no singular, como raiva e preguiça.
Exemplos:
Existem outros substantivos cuja forma no singular se encontra em desuso sendo utilizados apenas no plural, como parabéns e pêsames.
Exemplos: