A dúvida entre a utilização de mais bem ou melhor surge, principalmente, aquando da sua utilização com um verbo no particípio, assumindo valor de um adjetivo, como em:
Melhor ou mais bem preparado?
Melhor ou mais bem distribuído?
Melhor ou mais bem compreendido?
Em alguns casos, é opcional, estando as duas formas corretas. Noutras, é obrigatório o uso de mais bem.
A utilização de melhor ou mais bem é indiferente, estando as duas formas corretas, antes de particípios, quando o advérbio mais modifica o advérbio bem e juntos modificam o verbo no particípio:
É obrigatório o uso da forma analítica mais bem quando o advérbio mais modifica um conjunto indissociável formado pelo advérbio bem e pelo verbo no particípio. Essa relação entre o advérbio bem e o verbo no particípio é facilmente identificada nos casos hifenizados:
Quando bem e o particípio não se encontram hifenizados, a análise da relação existente entre eles é mais difícil de ser feita, sendo assim recomendado, para evitar o erro, que se use sempre a forma mais bem antes dos particípios.
Nota: Essa regra também é valida para a utilização de mais mal e pior.
A palavra melhor atua, ao mesmo tempo, como comparativo de superioridade do advérbio bem (mais bem) e como comparativo de superioridade do adjetivo bom (mais bom). Fora a situação acima descrita, em mais nenhuma é possível a substituição de melhor por mais bem ou mais bom.