O e lhe são pronomes pessoais oblíquos átonos relativos à terceira pessoa do singular. São usados quando, na frase, o substantivo que substituem tem função de objeto direto (o, a, os, as) ou de objeto indireto (lhe, lhes).
Análise de uma frase:
Envolveu o irmão nos braços, dando ao irmão um abraço carinhoso.
objeto direto (quem?) = o irmão
objeto indireto (a quem?) = ao irmão
Envolveu-o braços, dando-lhe um abraço carinhoso.
O objeto indireto completa o sentido de um verbo transitivo indireto, com a presença obrigatória de uma preposição, respondendo principalmente às perguntas de quê? para quê? de quem? a quem? para quem? em quem?, entre outras.
O objeto direto completa o sentido de um verbo transitivo direto, sem a presença obrigatória de uma preposição, respondendo principalmente às perguntas: o quê? ou quem?.
É comum ouvirmos, na linguagem oral, as seguintes construções frásicas: “Ajudei ele na arrumação do armário.” e “Encontrei ela na praia.”. Contudo, estas construções estão erradas.
Nessas frases, os pronomes ele e ela não estão se referindo ao sujeito da ação, por isso não podem ser utilizados pronomes pessoais do caso reto. Têm que ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: o e a.
Existem ainda verbos transitivos diretos e indiretos, que apresentam um sentido quando não exigem preposição e outro sentido quando exigem preposição.
Verbo pagar como transitivo direto:
Verbo pagar como transitivo indireto: